16 de jun. de 2011

Iniciando em Desenvolvimento de Jogos - Parte 2


Hoje a área de desenvolvimento de jogos é enorme. Temos muitas áreas técnicas e artísticas envolvidas, mas antes não era assim: antes era possível uma pessoa desenvolver um jogo de ponta. Mas temos de levar em consideração a época envolvida: a tecnologia ainda não estava muito avançada, além dos próprios games serem relativamente curtos, como o Space Invaders e Super Mario World.
invaders_world.jpg
Space Invaders (criado pelo Diego) e Super Mario World, do Super Nintendo.
OK, hoje um game com a complexidade do Mario pode demorar um bocado de tempo para ser desenvolvido, mas se você tiver tempo, pode conseguir desenvolver um desses em 6 meses (ou até antes, dependendo do tamanho do jogo). Alguns podem achar muito tempo, mas não é. 6 meses é pouco tempo.
Então a tecnologia foi melhorando e com isso mais variáveis entraram nesta equação. Uma delas se chama 3D:
tomb_raider_anniversary_01.jpg
Evolução da Lara Croft, comparando o primeiro Tomb Raider e a versão Anniversary.
A partir daqui os games começaram com uma evolução tremenda, onde a cada geração os gráficos foram melhorando. Mas até mesmo os games mais simples, como o primeiro Tomb Raider começaram a ter sinais de complexidade e começaram a exigir mais tempo de desenvolvimento. Afinal, você, se fosse fazer sozinho, teria de fazer os modelos dos personagens, os cenários, dar movimentos aos modelos, programar as colisões entre os modelos, a inteligência artificial, criar os menus e outros.


Ora, num game 2D também não passa por estas etapas? Com certeza, mas desenhar um mapa simples num game de plataforma é mais fácil do que modelar um cenário tridimensional. Mas também mesmo nos games mais simples começaram a exigir equipes de desenvolvimento, onde cada um cuidava de um pedaço do jogo. E cada membro é especialista em alguma coisa.
Tá, mas quais são as áreas? Antes de prosseguir, pare de ler este texto e reflita para si mesmo: eu sou bom no quê?
Qualquer pessoa hoje tem as suas qualidades e defeitos. Alguém pode não ir muito bem na escola, mas é ótimo em lábia e consegue sempre levar alguém na conversa (enganar a pessoa). Outros são mais fechados (como eu) e tímidos, mas são ótimos com matemática e lógica. Tem aqueles que, ao perceber que a aula está chata, começam a desenhar alguma coisa numa folha de caderno ou mesmo na própria carteira! Acredite: essas pessoas tem conhecimentos que podem ser usados em desenvolvimento de jogos!
Vamos de novo: você é bom no quê? É bom com contas? Sempre imagina situações imprevisíveis? Gosta de desenhar? Gosta de conversar muito com as pessoas?

Você deve ter descoberto que você gosta mais de alguma coisa. E se não encontrou, não se desespere: você vai encontrar! Se você encontrou, você pode tentar encaixar as suas melhores habilidades na área: se você gosta de desenhar, já pensou em ser um character/level design? Usar o seu talento para desenvolver personagens e/ou desenhar cenários mágicos e épicos? Se você é bom com conversa, pode ser um bom negociador para conseguir projetos ou mesmo liderar uma equipe sendo um game designer (game design é o planejamento completo de um jogo), conseguindo passar para os outros membros da equipe os detalhes daquele jogo. Se você gosta de contas matemáticas pode seguir na área de programação.
E acredite: existem programação de tudo, desde de inteligência artificial até mesmo criação de scores (pontuações) e definição de contas num game de matemática! Quem sabe você pode criar um game educativo e conseguir ganhar um bom dinheiro vendendo o jogo em escolas particulares para auxiliar na aprendizagem de alunos!
Fonte: Rodrigo Flausino